"A partir deste momento, estou convencido de que ele tomou a decisão", disse Biden a repórteres na Casa Branca.
Segundo o presidente norte-americano, as informações vindas de Donbass sobre bombardeios do Exército ucraniano, com morteiros e explosões de origem desconhecida, são "provocações russas encenadas pelo governo", sobre as quais os EUA já vinham alertando.
"Tudo isso é consistente com a cartilha que os russos usaram antes", declarou Biden.
O presidente afirmou ainda que uma ofensiva ucraniana contra as repúblicas de Donbass "desafia a lógica básica" e que o Exército da Ucrânia demonstrou "autocontrole" ao supostamente "não servir como isca" das forças russas. Ele não detalhou quais seriam as supostas armadilhas arquitetadas por Moscou.
Quando perguntado por repórteres como o governo possui informações tão confiáveis neste momento, Biden disse que os EUA "têm uma capacidade significativa de inteligência" e encerrou abruptamente a entrevista coletiva.
No início deste mês, jornalistas já haviam exigido evidências das alegações do governo de que Moscou planejava criar uma justificativa para invadir a Ucrânia.
Nesta sexta-feira (18), as autodeclaradas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk anunciaram a evacuação de mais de 700.000 civis para o oeste da Rússia, em meio a um aumento significativo dos bombardeios na região por forças ucranianas.