Na sexta-feira (18), a Casa Branca criticou a visita de Jair Bolsonaro a Moscou e suas declarações de que o Brasil "está solidário" com o lado russo.
"O que eu diria é que a grande maioria da comunidade global está unida em sua visão. Acho que o Brasil pode estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global", disse Psaki durante a coletiva de imprensa.
O Itamaraty em comunicado informou que "lamenta o teor da declaração da porta-voz", acrescentando que "as posições do Brasil sobre a situação da Ucrânia são claras, públicas e foram transmitidas em repetidas ocasiões às autoridades dos países amigos e manifestadas no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU)".
Por isso, a chancelaria do Brasil "não considera construtivas, nem úteis extrapolações semelhantes a respeito da fala do presidente".
Bolsonaro teve um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin na quarta-feira (16). Antes da reunião, ele disse que estava "muito feliz e honrado pelo convite". Putin e Bolsonaro prometeram ampliar a cooperação e a integração entre a Rússia e o Brasil.
Antes da visita de Bolsonaro à Rússia, a agência Reuters informou que o governo dos EUA pediu ao mandatário que cancelasse sua visita devido às tensões entre Washington e Moscou. Mais tarde, o líder brasileiro respondeu que "o Brasil é um país soberano" e busca a paz.