Panorama internacional

Kiev apenas finge participar do processo de paz e continua realizando provocações, diz Putin

O presidente da Rússia criticou a postura do governo da Ucrânia, que diz estar nominalmente a favor de negociações ao mesmo tempo que viola os Acordos de Minsk.
Sputnik
Em conversa com Emmanuel Macron, Vladimir Putin, presidente da Rússia, sublinhou que Kiev apenas finge estar participando de um processo de paz e ignora os Acordos de Minsk.

"Foi sublinhado de novo que Kiev apenas imita um processo de negociações [e] se recusa teimosamente a cumprir os Acordos de Minsk e os acordos conseguidos no formato da Normandia", comentou Putin, citado no domingo (20) pelo serviço de imprensa do Kremlin.

"Tendo em conta a gravidade da situação atual, os presidentes reconheceram a necessidade de intensificar a busca de meios diplomáticos através das chancelarias e conselheiros políticos dos líderes dos Estados participantes do formato da Normandia", refere o comunicado.
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Além disso, o Kremlin referiu que os contatos devem contribuir para a restauração do cessar-fogo e progresso na resolução do conflito em torno da região de Donbass.
Putin disse ainda que a razão da escalada da situação deve-se às provocações por parte de militares da Ucrânia.

"Foi expressa uma séria preocupação relativamente à grande deterioração da situação na linha de contato em Donbass. O presidente da Rússia observou que a causa da escalada se deve às provocações por parte de militares ucranianos. Foi chamada a atenção ao atual 'enchimento' da Ucrânia com armas e munições modernas pelos países da OTAN, o que empurra Kiev para uma solução militar do chamado 'problema de Donbass'", continuou o Kremlin.

O presidente russo acrescentou que o resultado disso é o sofrimento de civis nas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, o que forçou sua evacuação para a Rússia.

Necessidades da Rússia

O alto responsável da Rússia também discutiu com Macron as exigências de segurança do país, segundo o serviço de imprensa do Kremlin.
"Vladimir Putin reiterou a necessidade dos EUA e da OTAN levarem a sério as exigências da Rússia em relação às garantias de segurança e de responderem a elas de forma concreta e substancial", com o órgão do governo russo acrescentando que Putin e Macron acordaram continuar os contatos em diversos níveis.
O Palácio do Élysée relatou neste domingo (20), por sua vez, que os líderes da França e da Rússia acordaram procurar conseguir a desescalada e a implantação da paz no leste da Ucrânia.
"[...] Os dois chefes de Estado se comprometeram firmemente a tomar todas as medidas necessárias para evitar a escalada, reduzir os riscos e preservar a paz", apontou o comunicado francês.
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