Panorama internacional

Kremlin rebate carta dos EUA dizendo que Rússia teria lista de ucranianos a serem mortos: 'falsa'

Os EUA enviaram uma carta à ONU afirmando que, caso a Rússia invadisse a Ucrânia, uma lista de alvos ucranianos estaria pronta. O governo russo criticou tais afirmações e chamou-as de "ficção absoluta".
Sputnik
Nesta segunda-feira (21), os EUA enviaram uma carta às Nações Unidas dizendo que Moscou preparou uma lista de ucranianos que devem ser assassinados ou capturados em caso de uma invasão ao território ucraniano.
A carta, assinada pela embaixadora norte-americana na ONU em Genebra, Bathsheba Nell Crocker e enviada à alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, destaca que a Rússia compilou uma chamada "lista de alvos" de ucranianos a serem "mortos ou enviados para campos" no caso de uma "incursão".
"Também temos informação confiável de que as forças russas usariam medidas letais para dispersar protestos pacíficos ou de alguma forma contra-atacar o exercício pacífico da resistência de populações civis", diz o documento.
Moscou rebateu hoje (21) as acusações estadunidenses, através do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o qual alegou que as informações são falsas.
"Isso é mentira. Isso é ficção absoluta, não existe tal lista, é falsa", disse Peskov a repórteres.
Moscou já negou diversas vezes que tenha a intenção de atacar a Ucrânia, mas observa suas linhas vermelhas serem ultrapassadas através da expansão da OTAN para o leste e da campanha norte-americana de que há uma "iminente" invasão para acontecer.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, participa de uma coletiva de imprensa conjunta do presidente russo Vladimir Putin e do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko em Moscou, Rússia 18 de fevereiro de 2022
Apesar de ter deixado de usar a palavra "iminente" no começo do mês para caracterizar a suposta invasão russa, a Casa Branca continua a impulsionar propagandas de que uma ocupação estaria para acontecer, além de não levar em consideração os pedidos de garantia de segurança russos a sério.
Diante da forte crise, ontem (20), o presidente da França, Emmanuel Macron, conversou por telefone com o líder russo, Vladimir Putim, por 105 minutos e ficou acordado a criação de uma cúpula em Paris com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden, para discutir a situação da Ucrânia.
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