Durante uma reunião de governo na terça-feira (22), o líder venezuelano expressou sua posição sobre a situação em torno da Ucrânia. Em sua opinião, o presidente russo, Vladimir Putin, sempre buscou uma solução diplomática para a crise na região.
"Os acordos de Minsk foram rejeitados [...] pela elite que governa a Ucrânia, aliada incondicional dos EUA e da Europa. Esse país é governado quase como uma colônia", disse Maduro.
Em Moscou, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (à esquerda), cumprimenta o presidente russo, Vladimir Putin, em 5 de dezembro de 2018
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Ainda durante a reunião, Maduro também afirmou que a Venezuela condena os planos ocidentais de usar o poder militar para cercar a Rússia. O aumento da presença militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) perto das fronteiras russas vem sendo denunciado por Moscou ao longo do recente recrudescimento das tensões na Ucrânia.
"Rejeitamos todos os planos de cercar a Rússia por meios militares. A Rússia deve ser respeitada, assim como todos os povos do mundo devem ser respeitados", afirmou.
Após o recente aumento da tensão e das violações do cessar-fogo entre Kiev e os independentistas da região de Donbass, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk em medida anunciada na segunda-feira (21). A Venezuela é um dos países que apoiou o reconhecimento da independência das repúblicas populares logo após a medida de Putin, assim como Síria, Cuba e Nicarágua.
Parceria entre Moscou e Caracas
Rússia e Venezuela têm se aproximado nos últimos anos em diversas áreas de interesse mútuo, incluindo saúde, comércio, defesa e turismo. Na quarta-feira (16), os dois países assinaram uma série de acordos comerciais, econômicos e militares em Caracas. Na ocasião, o vice-premiê russo, Yuri Borisov, destacou que a Venezuela é um parceiro estratégico da Rússia.