Segundo declaração da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, as novas penalizações da UE contra a Rússia atingirão 70% do setor bancário russo e as principais empresas estatais do país, bem como privarão Moscou do acesso a tecnologias modernas.
"Primeiro este pacote inclui sanções financeiras que cortam o acesso da Rússia aos mercados de capitais mais importantes. Estamos agora visando a 70% do mercado bancário russo. Mas também as principais empresas estatais, incluindo o campo da defesa. Essas sanções aumentarão os custos de empréstimos da Rússia, elevarão a inflação e gradualmente vão corroer a base industrial russa", disse von der Leyen após cúpula extraordinária da UE.
Segundo von der Leyen, as medidas anunciadas também privariam a Rússia do acesso a tecnologias vitais, como a de semicondutores.
"Nossa proibição de exportações afetará o petróleo, tornando impossível para a Rússia modernizar suas refinarias, o que deu à Rússia receitas de exportação de € 24 bilhões [cerca de R$ 150 bilhões] em 2019", observou.
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante discurso ao povo, 24 de fevereiro de 2022.
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Sanções prévias
Na quarta-feira (23), a União Europeia anunciou sanções contra centenas de indivíduos russos, incluindo figuras proeminentes do governo, como o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
As penalizações foram aplicadas após o reconhecimento por parte de Moscou da independência das repúblicas populares de Lugansk (RPL) e Donetsk (RPD), anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, na segunda-feira (21).