Panorama internacional

Medvedev: operação em Donbass prosseguirá até cumprir objetivos indicados por Putin

O vice-presidente do Conselho de Segurança russo e ex-presidente Dmitry Medvedev declarou neste sábado (26) que as sanções impostas à Rússia não mudarão nada, e que a operação para proteger a região de Donbass será realizada na íntegra.
Sputnik
"É claro que estas maravilhosas restrições não mudarão nada. Isso é claro até mesmo para pessoas ignorantes no Departamento de Estado [dos EUA]. Isso inclui a decisão de realizar a operação militar para proteger Donbass", escreveu Medvedev hoje (26) em sua página na rede social russa Vkontakte.
Ele ressaltou que a operação "será realizada na sua totalidade até que todos os resultados indicados pelo presidente da Rússia sejam alcançados". "Nem mais nem menos que isso", disse.
O ex-presidente russo disse também que dará uma resposta simétrica ao arresto de fundos de cidadãos russos e empresas no exterior - ou seja, serão arrestados fundos de estrangeiros e empresas estrangeiras na Rússia.
"Nos assustam também com o arresto de dinheiro de cidadãos russos e empresas russas no exterior. Simplesmente de todos, sem quaisquer sanções. Em relação a isso, a resposta terá que ser bastante simétrica: o arresto de fundos de estrangeiros e empresas estrangeiras na Rússia", escreveu Medvedev em sua página.
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O vice-presidente do Conselho de Segurança russo considera que as sanções impostas à Rússia podem ser um pretexto para interromper o diálogo sobre a estabilidade estratégica, incluindo o abandono do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas [START III].

"As sanções podem ser um excelente pretexto para uma revisão final de todas as relações com aqueles Estados que as introduziram. Podemos, em princípio, abandonar tudo, inclusive o Tratado START III, assinado por mim e pelo [ex-presidente] Barack Obama e prorrogado por Vladimir Putin e pelo atual líder dos EUA. Para que serve ele agora, nestas condições, para mais assinado por pessoas que estão sob sanções?" questiona Medvedev.

A Rússia começou a operação militar de desmilitarização da Ucrânia na madrugada de quinta-feira (24). Em discurso televisionado, o presidente Vladimir Putin disse que as circunstâncias exigem ações decisivas, já que as repúblicas de Donbass solicitaram ajuda.
Conforme as palavras do líder russo, toda a responsabilidade pelo derramamento de sangue cabe ao "regime ucraniano". Ele exortou ainda os militares da Ucrânia a não cumprirem as ordens "criminosas" das autoridades de Kiev, a deporem as armas e a irem para casa.
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