Segundo a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA, aviões russos podem ser interceptados e ter tripulação detida caso entrem no espaço aéreo norte-americano após a proibição entrar em vigor na noite desta quarta-feira (2).
"Os operadores de aeronaves sujeitos a este notam [nota oficial de divulgação] que não cumprirem estas instruções podem ser interceptados e seus pilotos e outros tripulantes detidos e interrogados pela polícia ou pessoal de segurança, conforme apropriado", disse a FAA em um aviso publicado por um repórter da CNN.
A diretiva se aplica a todas as aeronaves pertencentes, certificadas, operadas, registradas, fretadas, alugadas ou controladas por (ou em benefício de) qualquer cidadão russo.
Aviões de passageiros e de carga estão entre os voos proibidos, "fechando efetivamente o espaço aéreo dos EUA para todas as transportadoras aéreas comerciais russas e outras aeronaves civis russas", detalhou o memorando.
Os EUA e outros países ativaram várias baterias de sanções individuais e setoriais contra a Rússia depois que Putin assinou na segunda-feira da semana passada (21) os decretos que reconheciam as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) anunciando, três dias depois, uma "operação especial militar" na Ucrânia atendendo aos pedidos de ajuda de RPD e RPL diante da agressão de Kiev.
Em um caso sem precedentes, restrições individuais foram estendidas ao presidente russo e ao ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
As sanções setoriais, também pela primeira vez, incluem a desconexão parcial da Rússia do sistema da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT, na sigla em inglês) e a paralisação das reservas internacionais do banco central russo, além da proibição de voos russos no espaço aéreo norte-americano e seus aliados europeus.
As sanções ainda incluíram a censura de diversas plataformas de comunicação russas, incluindo a Sputnik.