"Há sempre esta possibilidade, mas não estamos em estado de guerra, e romper relações diplomáticas significaria que não apenas nós, mas também a embaixada britânica em Moscou será forçada a abandonar [a Rússia]", disse diplomata ao canal de TV Rossiya 24.
Kelin disse também que o Reino Unido tem muito espaço de manobra para tomar medidas contra a Rússia.
"Há muito espaço [para ações]. Eu não quero prever, muito menos sugerir, o que poderia ser feito, até as mais insignificantes. As mais repugnantes são as iniciativas locais descoordenadas: como não permitir o abastecimento, cortar a comunicação", afirmou chefe da missão diplomática russa em Londres.
No entanto, ele acredita que é pouco provável que no futuro próximo o Reino Unido envie militares para a Ucrânia.
Kelin recordou que Liz Truss, a secretária das Relações Exteriores do Reino Unido, havia anteriormente feito "observações descuidadas" sobre este assunto.
"Elas [as declarações] foram muito rapidamente refutadas, inclusive pelo secretário da Defesa [...] No que diz respeito ao envio de britânicos, os soldados britânicos estão proibidos de o fazer – os militares e ex-militares. Não parece que isso possa acontecer nesta fase e em um futuro previsível. Afinal o Reino Unido é membro da OTAN e, consequentemente, cumpre as limitações adotadas por esta organização", concluiu embaixador russo.
Anteriormente, Truss informou que o Reino Unido pediu ao G7 para limitar o gás e o petróleo importados da Rússia. O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, quase todos os países da União Europeia impuseram várias sanções contra a Rússia em todos os tipos de áreas com o objetivo de minar sua economia.