Apesar disso, a PGR pediu ao Supremo que solicite ao Planalto mais informações sobre a viagem, ressaltando que a resposta deve ser facultativa "em virtude da preservação de sigilos legais", noticiou o G1.
A manifestação da procuradoria ocorre após um pedido de investigação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O pedido foi apresentado no âmbito do inquérito que investiga a atuação de uma milícia digital, que atuaria para atacar o sistema eleitoral brasileiro.
Como já informado pela Polícia Federal ao Supremo, assessores da presidência e aliados do presidente Jair Bolsonaro integram esse grupo, apelidado de "gabinete do ódio".
O presidente Jair Bolsonaro esteve na Rússia entre 14 e 16 de fevereiro.
Jair Bolsonaro e Vladimir Putin, presidentes do Brasil e da Rússia, após encontro oficial no Kremlin, Moscou, Rússia, 16 de fevereiro de 2022.
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Em Moscou, a comitiva brasileira atendeu a diversos compromissos diplomáticos, cujos objetivos eram fortalecer os laços estratégicos entre Rússia e Brasil, principalmente no que diz respeito às relações comerciais.
Além disso, o Brasil mostrou que pretende aprofundar a cooperação nos setores de defesa e do agronegócio.
Em coletiva de imprensa, Bolsonaro ainda falou na formação de uma aliança tecnológica entre os países nas áreas de nanotecnologia, biotecnologia, inteligência artificial, tecnologias da informação e telecomunicações.
No encontro, o presidente russo Vladimir Putin destacou que o Brasil é o principal parceiro de Moscou na América Latina.
Segundo dados do governo brasileiro, os países somaram US$ 7,5 bilhões (R$ 38,7 bilhões) em trocas comerciais em 2021.