Panorama internacional

Com aumento de gastos militares, China estabelece meta alta para o PIB: 'Grande esforço'

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang entrega seu relatório de trabalho durante a sessão de abertura da Assembleia Popular Nacional (APN), em Pequim, em 5 de março de 2022
A China pretende aumentar seu orçamento de defesa em 7,1% em 2022, podendo atingir até 237 bilhões de dólares (R$ 1,2 trilhões, aproximadamente) no ano, de acordo com o relatório financeiro do governo apresentado durante a Assembleia Popular Nacional (APN), neste sábado (5).
Sputnik
O encontro ocorre antes do congresso nacional do Partido Comunista, evento-chave da política chinesa, que definirá a possibilidade de continuidade do mandato do presidente Xi Jinping.
Na assembleia, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang pediu "prontidão de combate abrangente e aprofundada" para os militares do Exército de Libertação Popular (ELP).
Li observou que o ELP deve "realizar lutas militares de maneira resoluta e flexível" para defender os interesses do partido em todo o mundo.
Em suas metas econômicas para 2022, o Partido Comunista também estipulou uma meta de crescimento do PIB de 5,5%, com um déficit fiscal de 2,8%.
Li admitiu que as metas são ousadas, já que o mundo ainda se recupera dos efeitos da pandemia e também deverá ser abalado pela elevação dos custos de energia, com altas dos preços de petróleo e gás, em meio à crise ucraniana.
"Será necessário um grande esforço para atingir tais metas", afirmou o primeiro-ministro.
O chefe político explicou que o relatório do governo prevê aumentos significativos dos custos com combustíveis fósseis, mas destacou que Pequim tomará medidas para cumprir os objetivos econômicos.
Segundo Li, a China também planeja avançar na inovação científica e otimizar suas indústrias. Assim, o primeiro-ministro anunciou novos projetos de ciência e tecnologia e reformas em institutos de pesquisa, ressaltando que o país dará incentivos de capital para aumentar o fluxo de caixa nesses setores.
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