Em uma campanha crescente por combatentes estrangeiros para o que classifica como a "defesa da pátria", o governo ucraniano anunciou, neste domingo (6), a abertura de um site para atrair mercenários ao país.
Na última sexta-feira (4), o Serviço de Inteligência Externa da Rússia alertou em um comunicado que "os serviços de inteligência dos EUA e do Reino Unido transformaram, nas últimas semanas, o território polonês em um 'centro logístico' para fornecer armas e contrabandear combatentes" à Ucrânia – incluindo membros do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), vindos da Síria supostamente treinados na base militar de Al-Tanf.
Ainda não está claro quantos forasteiros já entraram no país, mas o deslocamento estaria sendo facilitado pela suspensão da exigência de visto na Ucrânia para combatentes estrangeiros.
De acordo com o jornal britânico The Times, a oferta para lutar com ucranianos seria de quase 60.000 dólares (R$ 304 mil, aproximadamente) por mês.
Neste domingo (6), o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou, em entrevista à CNN, que os EUA têm apoiado a Polônia fornecendo caças e aviões "que os ucranianos poderiam usar".
Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores da Polônia negou a possibilidade de enviar caças à Ucrânia e afirmou que não permitirá que os países vizinhos usem seus aeroportos.
"Ajudamos significativamente em muitas outras áreas", disse o ministério polonês.
Nenhum mercenário é combatente, segundo direito internacional
O Ministério da Defesa da Rússia informou, nesta quinta-feira (3), que os mercenários enviados pelo Ocidente para apoiar o governo de Kiev não podem ser considerados combatentes, segundo o direito internacional.
De acordo com o ministério, eles não têm direito de receber o estatuto de prisioneiro de guerra e "o melhor que pode acontecer em caso de serem presos é enfrentarem responsabilidade criminal".
"Apelamos aos cidadãos de Estados estrangeiros que planejem ir combater pelo governo nacionalista de Kiev para pensarem várias vezes antes de partir", disse o ministério.