Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (7), Jen Psaki foi questionada acerca das possíveis "soluções" que os EUA buscam enquanto não há candidatos viáveis para substituir a Rússia como principal fornecedora de petróleo e gás à Europa.
"No que diz respeito à Venezuela, o objetivo da viagem que os funcionários da administração fizeram foi discutir uma variedade de questões que certamente incluem segurança energética, mas também discutir a saúde e o bem-estar dos cidadãos americanos", disse Psaki.
Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca
© AFP 2023 / Paul J. Richards
Os comentários de Jen Psaki confirmam a reportagem do New York Times, que informou que funcionários dos EUA viajaram à Venezuela para se encontrar com o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, possivelmente em uma tentativa de separar Moscou de seus aliados internacionais.
Como o Ocidente está considerando sanções às exportações russas de petróleo, as reservas da Venezuela poderiam ser usadas para substituí-las, escreve a publicação.
As relações entre os dois países tiveram fim em 2019, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu o legislador de oposição Juan Guaidó como o presidente legítimo do país. A visita desta delegação seria o primeiro contato de alto nível entre as duas nações desde então.
O presidente russo Vladimir Putin anunciou em 24 de fevereiro o lançamento de uma operação militar especial na Ucrânia alegando que as repúblicas de Donetsk e Lugansk, reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, precisam de ajuda em face do "genocídio" de Kiev.
Um dos objetivos fundamentais dessa operação, segundo Putin, é "a desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques militares não são direcionados contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.
Em 2 de março, o Ministério da Defesa revelou que 498 tropas russas foram mortas e 1.597 feridas desde o início da operação especial; as baixas militares do lado ucraniano, segundo a mesma fonte, somam mais de 2.870 mortos e cerca de 3.700 feridos.