Em viagem a Lisboa, o chanceler brasilerio, Carlos Alberto França, concedeu algumas declarações sobre a crise ucraniana em entrevista coletiva nesta terça-feira (8). De acordo com seu posicionamento, o Brasil deseja a paz na Ucrânia, mas não tomará partido de algum lado na questão.
"A posição do Brasil é clara. Estamos do lado da paz mundial. Nós pensamos que isso [a paz] se atinge ao encontrar uma saída [para a crise] e não apontando o dedo. Temos uma posição de equilíbrio, e não uma posição de indiferença, mas sim de imparcialidade" disse o chanceler segundo o UOL.
Na última sexta-feira (4), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), também fez uma declaração parecida com a de França sobre o assunto.
"Brasil continua em uma posição de equilíbrio, nós temos negócio com os dois países, não temos a capacidade de resolver esse assunto, então o equilíbrio é a posição mais sensata por parte do governo federal."
Entretanto, na semana passada, o Brasil votou ao lado dos EUA e de potências ocidentais em propostas de resolução criticando a Rússia na Assembleia Geral da ONU e no Conselho de Direitos Humanos.
Mesmo votando contra a operação especial militar russa na Ucrânia, o embaixador da Rússia na ONU, Gennady Gatilov, minimizou os votos do Brasil e insistiu que o governo de Bolsonaro "entende" as razões que levaram à operação.
Ontem (7), o Kremlin divulgou uma lista de países considerados hostis para Moscou, listagem na qual o Brasil ficou de fora.
Em Portugal, França se reunirá com o presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, e com o ministro de Negócios Estrangeiros do país, Augusto Santos Silva.
Em seguida, o ministro deve chegar à Polônia na quarta-feira (9), mesmo dia que pousará o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o qual buscará brasileiros que se refugiaram em Varsóvia, capital polonesa, segundo O Globo.