De acordo com a plataforma, os Estados Unidos e seus aliados europeus, canadense, australiano e japonês aplicaram 2.778 sanções a empresas, funcionários do governo e empresários russos após a decisão da Rússia de reconhecer as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) como Estados independentes, em 21 de fevereiro, e a subsequente operação militar de Moscou na Ucrânia, no dia 24.
No total, estão em vigor 5.532 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos da plataforma. A quantidade agora é bem maior que as 3.616 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.608), a Coreia do Norte (2.077), a Venezuela (651), Mianmar (510) e Cuba (208).
Entre as mais de 5 mil penalizações, 2.427 são contra indivíduos, como empresários ou funcionários do governo, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Outras 343 visam a entidades russas, como departamentos governamentais e corporações. Seis embarcações e duas aeronaves também estão sancionadas.
Quanto aos países, quase 1.200 do total foram impostas pelos EUA. O Canadá vem em segundo lugar, com 908, seguido pela Suíça, com 824.
A União Europeia (UE), por sua vez, impôs um total de 766 sanções, enquanto a França, separadamente, a Austrália e o Reino Unido elaboraram 760, 633 e 271, respectivamente.
O número de sanções rastreado pelo Castellum.ai é constantemente atualizado e pode mudar ao longo do dia.
Perdas bilionárias
Em 2019, o presidente Vladimir Putin revelou que a Rússia havia perdido o equivalente a cerca de 50 bilhões de dólares em receitas com as sanções ocidentais sobre a Crimeia, mas ressaltou que as empresas europeias perderam 240 bilhões de dólares como resultado das contrassanções russas durante o mesmo período.
Segundo ele, os EUA somaram cerca de 17 bilhões de dólares em lucros perdidos.