Panorama internacional

'Inaceitável': porta-voz da ONU condena Meta por tolerar discurso de ódio contra militares da Rússia

Um representante da ONU criticou a prática de "todos os apelos à violência", considerando assim "inaceitável" que a Meta os permitisse contra militares russos.
Sputnik
Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a empresa Meta por permitir que usuários usem uma linguagem de ódio contra militares russos nas suas plataformas de Facebook e Instagram.
"Creio que você pode ter visto nossos colegas de direitos humanos expressando sua preocupação. Eles disseram que levantariam a questão diretamente com a companhia envolvida. Posso lhes dizer, do nosso ponto de vista, somos claramente contra todo o tipo de discurso de ódio, todos os apelos à violência. Esse tipo de linguagem é simplesmente inaceitável, venha de onde venha", sublinhou Dujarric em um briefing da ONU na sexta-feira (11).
Na quarta-feira (9) foi revelado que a Meta permitiu a seus moderadores deixar passar nas plataformas de Facebook e Instagram, detidas pela empresa, discurso violento contra soldados russos, Vladimir Putin e Aleksandr Lukashenko, presidentes da Rússia e da Belarus, em meio à operação especial russa na Ucrânia.
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Procuradoria-Geral da Rússia pede que tribunal reconheça Meta como organização extremista
No entanto, na quinta-feira (10) Nick Clegg, presidente das Relações Globais da Meta, detalhou que a política seria permitida apenas na Ucrânia, e não também em 11 países do Leste Europeu e do Cáucaso, incluindo a Rússia, como indicado até aí.
"Não temos problemas com o povo russo. Não há nenhuma mudança na nossa política de discurso de ódio no que toca ao povo russo. Nós não toleramos russofobia ou qualquer tipo de discriminação, assédio ou violência contra russos na nossa plataforma", assegurou ele.
A embaixada da Rússia nos EUA condenou na sexta-feira (12) a decisão, que qualificou de "agressiva e criminosa" e apontou como evidência da existência de uma guerra informacional contra o país.
Já o Serviço Federal de Vigilância na Área das Comunicações, Tecnologias da Informação e Mass Media russo (Roskomnadzor) anunciou no mesmo dia que restringiria o acesso ao Instagram na Rússia, sendo que o Facebook já está bloqueado no país desde 4 de março. Já a Procuradoria-Geral russa solicitou a um tribunal que designasse a Meta como organização extremista.
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