Ciência e sociedade

Cientistas na Austrália usam drones e inteligência artificial para encontrar meteoritos (FOTO)

A pesquisa realizada por especialistas da Universidade de Curtin, em Perth, no oeste da Austrália, tem o potencial de aumentar a quantidade de meteoritos recuperados na Terra, além de facilitar e tornar o processo mais rápido.
Sputnik
O líder da pesquisa, Seamus Anderson, explica que no ano passado o grupo foi capaz de realizar testes e demonstrações na fazenda de Kybo, no oeste da Austrália. De acordo com Anderson, "um drone equipado com uma câmera sobrevoa e coleta imagens da zona de queda, que são transferidas para nosso computador de campo, onde um algoritmo verifica cada imagem em busca de meteoritos e características que se assemelham a eles".

"Embora nosso algoritmo tenha sido 'treinado' com dados coletados de pesquisas anteriores de meteoritos, trouxemos conosco meteoritos recuperados anteriormente e os fotografamos no solo no local da queda, para criar dados locais e poder treinar ainda mais o algoritmo", explicou Anderson.

Além de acelerar o processo utilizando o software com inteligência artificial junto com as imagens registradas pelo drone, a nova técnica também necessita que menos cientistas se desloquem para os locais de queda de meteoritos.

"As buscas por meteoritos geralmente envolvem um grupo de pessoas caminhando sobre uma grande área de impacto prevista, mas nosso novo método requer apenas cerca de um décimo da quantidade de trabalho e tempo, além de ter uma taxa de sucesso muito maior", explicou Seamus Anderson.

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O especialista disse ainda que, além de ajudar a melhor entender o nosso Sistema Solar, o novo método pode ser relevante para a descoberta e exploração de elementos importantes para a sociedade, "como o cobalto, que é crucial na construção de baterias modernas", explicou o pesquisador.

"Ao obter uma melhor compreensão de como o material extraterrestre é distribuído por todo o Sistema Solar, podemos um dia minerar asteroides em busca de recursos preciosos, ao invés de buscar as quantidades finitas deles na Terra e talvez prejudicar ecossistemas preciosos no processo. Outras aplicações potenciais para nossa nova abordagem usando drones e inteligência artificial incluem gerenciamento e conservação da vida selvagem, pois nosso modelo pode ser facilmente treinado para detectar objetos que não sejam meteoritos, como plantas e animais", analisou Anderson.

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