"Existem muito poucos indícios da existência de um poder altamente autocrático ou concentrado, nem grandes desigualdades de riqueza. Além disso, há muitas indicações de cooperação entre as famílias", explicou Gary Feinman, um dos autores do estudo e curador antropológico do Museu Field de História Natural.
"Não há túmulos nobres, grandes depósitos de riquezas domésticas ou outras evidências de diferenças extremas de riqueza, nem nenhum palácio grande e ornamentado que seja claramente a residência de um governante. Desde o início da história do local, o núcleo da cidade estava concentrado em uma grande praça que poderia ter acomodado uma parte significativa da população local", escreveram os pesquisadores no estudo.
"Monte Albán foi uma cidade onde um novo contrato social não oficial foi implementado em sua fundação. E, com seu governo coletivo e relativamente equitativo, durou mais de um milênio. No entanto, quando entrou em colapso, a população da cidade diminuiu drasticamente e muitas de suas instituições se dissolveram, inaugurando um período de governo mais autocrático", explicou Feinman.