O executivo anunciou, ontem (22), que a companhia deixará de comprar petróleo e derivados da Rússia devido à situação na Ucrânia, mas explicou por que considera o gás do país imprescindível.
"Conheço a maneira de substituir o petróleo russo e o diesel, mas o gás não sei como fazer. Se eu decidir interromper as exportações de gás russo, não sei o que pode substituí-lo. Sem o gás russo, uma parte da economia europeia entrará em colapso. O gás é importante para a Europa", disse Pouyanne à rádio RTL.
Segundo ele, se o continente encerrar por completo a importação de gás da Rússia, enfrentará sérios problemas no inverno de 2023.
O CEO destacou ainda que, não só a TotalEnergies pretende continuar no segmento, como rivais de negócios da empresa mantêm suas operações no país devido a obrigações contratuais.
"Não, não vou fazer isso [se retirar completamente do mercado russo] e vou explicar o porquê. Hoje não tenho nenhuma operação na Rússia, mas tenho investimentos em fábricas de quase 13 bilhões de dólares [cerca de R$ 63,6 bilhões]. Mas não se trata do dinheiro, trata-se do fato de que essas usinas continuarão operando independentemente da minha retirada, e os russos são bons em gerenciar usinas", contou Pouyanne à emissora.