Vladimir Putin, presidente russo, afirmou que nos países ocidentais está progredindo uma discriminação contra tudo o que está relacionado com a Rússia, e que esse fenômeno de intolerância étnica é inimaginável em solo russo.
O presidente da Rússia criticou a imagem fornecida por Hollywood e a cultura de cancelamento em geral, acrescentando que esse fenômeno não começou "ontem", e que vários países estão minando valores e normas aceitos desde tempos imemoriais.
"Em Hollywood, por exemplo, têm saído constantemente filmes, nos quais os únicos vencedores do nazismo se chamavam os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a coragem e heroísmo, a vitória do Exército Vermelho, que deu uma contribuição decisiva, basta simplesmente olhar para o número de unidades de batalha que combatiam na Frente Leste da Alemanha. Aqui está a contribuição decisiva do Exército Vermelho, que foi simplesmente cancelada", lamentou Vladimir Putin.
"Hoje tentam cancelar um país milenar inteiro, seu povo. Estou falando do avanço da discriminação contra tudo o que é ligado à Rússia [...] dessa tendência que está se desenvolvendo em vários Estados ocidentais, e com a total conivência, e às vezes encorajamento das elites governistas. A chamada cultura do cancelamento virou cancelamento da cultura", disse na sexta-feira (25) o chefe de Estado em um evento de literatura e arte para crianças e jovens.
Segundo ele, compositores como Pyotr Tchaikovsky, Dmitry Shostakovich e Sergei Rachmaninov estão sendo retirados de cartazes, e que estão sendo proibidos escritores russos e suas obras. Putin observou que uma campanha massiva de destruição literária semelhante à atual aconteceu pela última vez na Alemanha há quase 90 anos, pelas mãos dos nazistas.
"É impossível imaginar tal coisa no nosso país, e estamos seguros disso muito graças à cultura nacional. Para nós, ela é inseparável da pátria, da Rússia, onde não há lugar para a intolerância étnica, onde há séculos vivem, trabalham e criam crianças pessoas pertencentes a dezenas de nacionalidades e grupos étnicos", sublinhou o alto responsável russo.
Além disso, apontou Putin, no Dia da Memória das vítimas dos bombardeios atômicos do Japão "ou eles omitem vergonhosamente" quem lançou a bomba, ou escrevem que isso foi feito por "aliados abstratos quaisquer".