Panorama internacional

'Irresponsável': chancelaria do Azerbaijão condena declaração dos EUA sobre Nagorno-Karabakh

Neste sábado (26), o Ministério das Relações Exteriores do Azerbaijão criticou uma declaração da primeira-vice-porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jalina Porter, sobre a situação em Nagorno-Karabakh.
Sputnik
Na sexta-feira (25), Porter afirmou que Washington estava seriamente preocupada com a movimentação de tropas azeris na região de Nagorno-Karabakh e considera a situação e outras medidas de escalada das tensões como provocadoras e imprudentes.
"É irresponsável para uma funcionária do Departamento de Estado dos EUA emitir uma declaração como essa com base em falsa propaganda da Armênia. Gostaríamos de enfatizar novamente que a República do Azerbaijão está em seus territórios soberanos", disse a chancelaria azeri em uma declaração.
O ministério acrescentou que os EUA, mesmo compartilhando a liderança do Grupo de Minsk pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), não tomou nenhuma medida efetiva para resolver o conflito de Nagorno-Karabakh, que ocorre há quase 30 anos.
Ônibus leva armênios de volta para a cidade de Stepanakert, na região contestada de Nagorno-Karabakh, em Yerevan, Armênia, 16 de novembro de 2020.
Na quinta-feira (24), o Ministério da Defesa da república não reconhecida de Nagorno-Karabakh, acusou as tropas azeris de violarem o acordo de cessar-fogo de novembro de 2020, supostamente invadindo áreas sob controle de forças de paz da Rússia.
O ministério também aponta que o lado azeri teria tomado o controle do assentamento de Furukh e posições próximas. A pasta afirma ainda que cinco soldados azeris e outros três soldados de Nagorno-Karabakh foram mortos em confronto. Baku nega tais alegações.

Cessar-fogo patrocinado pela Rússia

O conflito em Nagorno-Karabakh estourou novamente em setembro de 2020, no que foi considerada a mais séria escalada na região em anos. As hostilidades terminaram após uma declaração trilateral, intermediada pela Rússia, em 10 de novembro daquele ano.
A reunião trilateral entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan.
Pelo acordo, Azerbaijão e Armênia concordaram com um cessar-fogo completo, com a troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos. Além disso, Kalbajar, Lachin e parte do distrito de Agfam foram cedidos ao Azerbaijão. Tropas de paz da Rússia foram alocadas na região para garantir a implementação da trégua.
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