Emmanuel Macron, presidente da França, referiu no domingo (27) que evitaria usar a linguagem de Joe Biden, homólogo dos EUA, na sua caraterização do líder russo Vladimir Putin.
"Eu não usaria essas palavras", disse Macron ao canal France 3, depois que Biden chamou no sábado (26) Putin de "carniceiro", horas antes de afirmar que o presidente da Rússia "não pode permanecer no poder".
Em relação à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, o presidente francês também afirmou que ele vê como objetivo "primeiro atingir um cessar-fogo e depois a total retirada das tropas [russas da Ucrânia] através de meios diplomáticos".
"Se queremos fazer isso, não podemos escalar nem em palavras nem em ações", advertiu Macron, e mencionou que voltaria a contatar Putin em um futuro imediato.
Antes disso, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, desvalorizou as declarações do presidente dos EUA, apontando que "o presidente da Rússia é eleito pelo povo, e não cabe a Joe Biden decidir quem vai liderar o país".
Peskov considerou que tais "insultos pessoais" estão agora vindo de Biden "diariamente" e que o Kremlin não dará respostas severas "para não causar mais agressividade".