De acordo com o think tank chinês Iniciativa de Sondagem da Situação Estratégica do Mar do Sul da China (SCSPI, na sigla em inglês), citado pelo Global Times, o número real de exercícios militares realizados pelos EUA em regiões próximas à China no ano de 2021 é maior do que o divulgado publicamente de 95 atividades. O gabinete estratégico afirma que o número supera uma centena.
Entre os 95 exercícios que aconteceram oficialmente, 14 consistiam em apenas forças norte-americanas, todos os outros 81 treinamentos militares decorreram em conjunto com forças militares de outras nações parceiras dos EUA, incluindo Japão, Reino Unido, Austrália, Índia, França e Canadá, segundo o SCSPI.
Foram realizados cursos de treinamento, incluindo missões antinavio, antissubmarino, antiminas marítimas, anfíbias, no ciberespaço e missões marítimas de conscientização situacional.
De acordo com Song Zhongping, um especialista militar chinês ouvido pelo Global Times, os EUA estão investindo no desenvolvimento de novas parcerias e bases no continente asiático, além das forças já estruturadas no Japão e na Coreia do Sul, para poderem ter um maior poder logístico na região. A investida norte-americana, de acordo com Song, é uma resposta ao constante crescimento do Exército de Libertação Popular da China.
A divulgação dos dados pelo SCSPI aconteceu um dia antes do início do extenso treinamento militar entre os EUA e as Filipinas, que começou nesta segunda-feira (28) e se estenderá por 12 dias.
O exercício das duas forças quase foi cancelado pelo presidente filipino, Rodrigo Duterte, em razão de dúvidas sobre as parcerias com os Estados Unidos enquanto o país se volta para a China.
No entretanto, os treinamentos de guerra foram confirmados e vão mobilizar 5.100 militares norte-americanos e 3.800 militares das Filipinas. Durante os 12 dias, as forças dos dois países realizarão exercícios e simulações em Luzon, a principal ilha do país, até o dia 8 de abril.