"Eles já receberam tal proposta, mas recusaram. Por isso não são mais militantes, mas criminosos, porque mataram civis. Sim, garantimos mantê-los vivos, mas não acho que vamos deixá-los sair da cidade", disse Basurin.
Mariupol é um dos pontos mais quentes da operação militar russa na Ucrânia, já que a cidade foi cercada pelas forças russas e da República Popular de Donetsk (RPD), quadro que se estende por semanas.
A saída de civis, contudo, foi garantida pelo próprio presidente russo, Vladimir Putin, em conversa telefônica nesta quarta-feira (30) com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
"Vladimir Putin e Olaf Scholz trocaram pontos de vista sobre as recentes negociações entre representantes de Rússia e Ucrânia realizadas em Istambul no dia anterior [29]. As questões de garantia da evacuação segura de civis de áreas de combate, principalmente de Mariupol, foram consideradas", afirmou o Kremlin em comunicado.
Eles discutiram questões como a evacuação de civis da Ucrânia em áreas de combate e a exigência do Kremlin de pagamento do gás russo em rublos.
A conversa entre as duas lideranças abordou o resultado das negociações realizadas entre Rússia e Ucrânia na Turquia, segundo o Kremlin. Na terça-feira (29), comitivas de Moscou e Kiev se encontraram em Istambul. Dos principais resultados anunciados, o lado ucraniano concordou em aderir ao status neutro, permanecendo fora da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e sem bases militares estrangeiras em seu território.