"Não se trata de vestirmos um casaco, de diminuirmos um pouco o aquecimento, como alguns pensam no Ocidente, ou pagarmos uns florins húngaros mais pelo gás e nos postos de combustível. Trata-se do seguinte: se a energia não vier da Rússia, não há energia na Hungria. É uma questão de funcionamento ou não funcionamento da economia", afirmou Orban no ar da rádio Kossuth.
De acordo com suas palavras, muitos países na Europa não têm saída para o mar, "e isso não é a sua escolha", portanto é impossível substituir o gás russo pelo gás natural liquefeito dos EUA, por exemplo.
"Isso não serve para nós, desligar a energia russa barata, o gás, e substituí-lo pelo gás americano caro. É uma ótima ideia por si só, mas não sei como ela pode funcionar na Hungria, esse gás natural liquefeito, transportado pelo mar, por navios, considero isso um absurdo", acrescentou.
Recentemente, Viktor Orban declarou que o país se opõe à aplicação das sanções aos recursos energéticos da Rússia, o que levaria à recessão e parada da economia húngara em pouco tempo. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, disse que a determinação da Hungria de não abdicar dos recursos russos custará muito para ela.
O vice-premiê da Rússia, Aleksandr Novak, ressaltou recentemente que até mesmo a discussão sobre a recusa europeia do gás russo tem impacto negativo no mercado, que reage de imediato. De acordo com suas palavras, sem o petróleo e gás russos, haverá um colapso no mundo, com preços imprevisíveis.