De acordo com ele, a recusa do país de importar gás russo pode colocar a indústria alemã em uma situação catastrófica.
"[Neste cenário] estamos falando do colapso da nossa indústria, que nos salvou durante a pandemia de coronavírus", observou Russwurm.
Além disso, nesta semana, Martin Brudermuller, presidente do maior consórcio petroquímico alemão BASF, disse que a Alemanha enfrentará uma crise econômica muito séria se abdicar do fornecimento de gás e petróleo da Rússia.
"Isso poderia levar à pior crise econômica na Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial", considera Brudermuller, segundo o jornal Frankfurter Allgemeinen Sonntagszeitung.
A União Europeia (UE) obtém cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. Após o início da operação especial militar da Rússia na Ucrânia, o bloco prometeu reduzir sua dependência da energia russa, cortando-a em dois terços neste ano e totalmente até 2030, substituindo-a por entregas de outros fornecedores e energias renováveis.
Atualmente, Moscou e a UE estão em desacordo quanto ao pagamento de futuras entregas de gás, pois Bruxelas rejeitou a exigência de pagamentos em rublos feita por Moscou. O Kremlin diz que moedas como o dólar e o euro ficaram comprometidas pelas sanções e que a Rússia não entregará gás de graça.