Kiev não escapará à responsabilidade pelo ataque a Kramatorsk com o míssil balístico Tochka-U, disse na sexta-feira (8) o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Temos a certeza que as autoridades de Kiev não conseguirão escapar à responsabilidade", indicou a chancelaria russa, apontando que as "provas da culpa das Forças Armadas da Ucrânia estão à vista – são eles que têm os mísseis Tochka-U, cujos destroços foram encontrados no local da tragédia".
"Tais ações desumanas do regime de Kiev confirmam a validade das tarefas da operação militar especial para a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", sublinhou ela.
Por causa desses eventos, Moscou afirmou ser necessário deixar de fornecer as autoridades ucranianas com armas.
"Exortamos a comunidade internacional a dar uma avaliação objetiva aos crimes das formações ucranianas, parar o fornecimento de armas a eles, e instar Kiev a parar de aplicar métodos inaceitáveis de ações militares", continuou o ministério.
As autoridades ucranianas anunciaram recentemente a evacuação das cidades de Kramatorsk e Slavyansk, e depois atiraram com dois mísseis Tochka-U, preenchidos com cassetes, contra a estação ferroviária de Kramatorsk, matando cerca de 30 pessoas e ferindo mais de 100 outras, comunicou a Milícia Popular da República de Donetsk.
Em 24 de fevereiro, a Rússia anunciou uma operação militar especial na Ucrânia em resposta ao pedido de assistência militar das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
De acordo com o presidente Vladimir Putin, o objetivo da operação é a "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia. O Kremlin reiterou em diversas ocasiões que não tem planos de ocupar o território ucraniano.
Segundo o Ministério da Defesa do país, as Forças Armadas russas apenas atacam a infraestrutura militar e as tropas ucranianas.