Ao anunciar os planos da reunião presencial, Rogozin afirmou que a Rússia "está disposta a cooperar em seus projetos, bem como realizar novos projetos conjuntos".
"O BRICS é o parceiro mais natural para nós. A China e a Índia têm um setor espacial muito desenvolvido", acrescentou o entrevistado, dizendo estar a par de seus próximos planos nesse domínio.
O diretor da Roscosmos também revelou que a melhor solução para a Rússia seria dispor de uma estação com funções militares e aplicadas em órbita terrestre e, ao mesmo tempo, participar de missões internacionais ao espaço profundo.
Ele especificou que essa estação orbital, cujo projeto está sendo agora elaborando, deverá ter funções militares e aplicadas. Logo, estaria excluída uma participação estrangeira, detalhou Rogozin.
Quanto aos Estados Unidos, o diretor não descartou que, daqui a 15-20 anos, a cooperação com a América volte a ser possível:
"Pode ser que os Estados Unidos sejam diferentes daqui a 15, 20 anos. Talvez até lá tenham aprendido a filtrar o seu veneno e a conter a sua agressão em relação à Rússia e a outros países".
Por outro lado, isso permitiria provavelmente alargar o número de participantes de missões conjuntas à Lua ou a Marte, questão que, segundo Rogozin, "deveria ser resolvida em conjunto pelas principais potências espaciais".
Recentemente, a Roscosmos encaminhou cartas à NASA e às agências espaciais da UE e do Canadá exigindo a suspensão das sanções ilegítimas aplicadas à Roscosmos. Rogozin informou que, a julgar pelas respostas recebidas, os parceiros não têm intenção de suspender as restrições. Ao mesmo tempo, segundo suas palavras, relações normais só serão possíveis quando as sanções forem totalmente canceladas. A Roscosmos já reportou ao governo russo sua posição sobre o possível término da cooperação na Estação Espacial Internacional.