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Em comunicado, Itamaraty expressa resistência ao convite feito à UE para observar eleições no Brasil

Pasta afirma que atua em alinhamento com TSE, mas lembrou que a União Europeia não envia missões eleitorais a seus próprios Estados-membros.
Sputnik
Ontem (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou a União Europeia (UE) pela primeira vez para observar as eleições gerais no Brasil este ano. Com o convite, o bloco europeu planeja enviar uma missão ao Brasil em maio para avaliar a viabilidade de ser um observador oficial nas eleições gerais de outubro, conforme noticiado.
Entretanto, nesta quarta-feira (13), o Ministério das Relações Exteriores sinalizou resistência em relação à proposta através de um comunicado publicado pela pasta.
O Itamaraty deixou claro que atua em coordenação com o TSE, mas também apontou que "no que toca a eventual convite para missão da União Europeia, o Ministério das Relações Exteriores recorda não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte".

"Note-se que a União Europeia, ao contrário da Organização dos Estados Americanos [OEA] e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa [OSCE], por exemplo, não envia missões eleitorais a seus próprios Estados-membros", disse a chancelaria.

Entre o ministério e o tribunal, a nota indica que, em 2022, "o diálogo tem abordado a organização de seções eleitorais para cerca de 600 mil eleitores inscritos no exterior, assim como o envio de missões de observação para as eleições gerais".
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