Marine Le Pen, candidata à presidência da França, disse na quarta-feira (13) que retiraria o país do Comando Militar da OTAN se for eleita.
"Não estamos falando de deixar o bloco, mas de deixar sua estrutura de comando", explicou ela.
A membro do partido Reagrupamento Nacional (Rassemblement National, em francês) já instou a retirada da França do comando integrado da OTAN, declarando que a estrutura "perpetua a lógica anacrônica e agressiva dos blocos da Guerra Fria".
Le Pen lembrou que a França já teve uma experiência assim, quando em 1966 todas as Forças Armadas francesas deixaram o comando militar integrado da OTAN e foi pedido que todas as tropas não francesas da OTAN deixassem o país. Paris apenas inverteu a ação e reentrou no comando militar do bloco em 2009, durante a presidência de Nicolás Sarkozy (2007-2012).
A política também defendeu uma "aproximação estratégica" da OTAN à Rússia.
Durante o primeiro turno, que aconteceu no domingo (10), o presidente incumbente Emmanuel Macron ficou em primeiro lugar com 27,84% dos votos, enquanto Le Pen obteve 23,15%. O deputado de esquerda Jean-Luc Mélenchon não chegou por pouco ao segundo turno, com 21,95% dos votos, e o jornalista Eric Zemmour ficou em quarto com 7,07%.
Os gaulistas e socialistas tiveram o pior resultado na história moderna da França, com Valérie Pécresse, dos Republicanos, conseguindo somente 4,78% da votação, enquanto a socialista Anne Hidalgo se ficou por 1,75%.
A França assinou em 1947, junto com o Reino Unido, o Tratado de Dunkirk, que foi usado para fundar o Tratado do Atlântico do Norte em 1949.