No início do mês, a mídia ocidental e a ucraniana lançaram uma campanha de difamação acusando tropas russas de assassinatos em massa de civis em Bucha, uma cidade perto de Kiev, deixada pelos militares russos após as negociações de Istambul no fim de março.
O embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, chamou as supostas evidências apresentadas de "falsificações" e afirmou que as forças radicais ucranianas têm cometido abusos contra civis e prisioneiros de guerra em territórios não controlados pela Rússia.
"O Comitê de Investigação da Rússia abriu um processo criminal com base no artigo 207.3 do Código Penal russo (divulgação pública de informações deliberadamente falsas sobre as ações das Forças Armadas russas)", informou a publicação hoje (15).
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia, depois que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pediram ajuda para se defender de ataques ucranianos.
A Rússia disse que o objetivo de sua operação é "desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia" e que apenas a infraestrutura militar está sendo visada.
Uma semana depois, a Rússia introduziu uma lei impondo pena de prisão de até 15 anos para quem espalhar intencionalmente notícias falsas sobre os militares.