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Itamaraty impõe sigilo de 5 anos a documentos sobre viagem de Bolsonaro à Rússia

O Itamaraty colocou sob sigilo, até 21 de fevereiro de 2027, os detalhes da viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia.
Sputnik
Em resposta a um questionário encaminhado pela bancada do PSOL na Câmara, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que os dados passaram a ser classificados como sigilosos no dia 21 de fevereiro.
O partido enviou 15 perguntas sobre a visita de Bolsonaro e seu encontro com o presidente Vladimir Putin, segundo informações do O Globo.
Uma das respostas, em um ofício de 12 de abril, confirma que os dois mandatários conversaram sobre a situação na Ucrânia, mas sem maiores comentários.
O Itamaraty alegou não ter competência para comentar as declarações do presidente.
Uma das questões respondidas pelo Itamaraty diz respeito aos gastos com a viagem, embora a hospedagem de Bolsonaro tenha sido feita pelo governo russo.
O PSOL também perguntou o que o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, foi fazer na Rússia, acompanhando o pai.
O Itamaraty respondeu que "a designação da comitiva é da competência da presidência da República", e ressaltou que a ida dele à Moscou não gerou despesas para o Ministério das Relações Exteriores.
O partido de oposição ao governo Bolsonaro questionou as declarações de Jair Bolsonaro a Putin, especialmente quando disse que era "solidário" à Rússia.
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O órgão reiterou as explicações dadas na época, como a de que Bolsonaro quis dizer que o Brasil é solidário "a todos que querem a paz".
O PSOL pediu, nesta terça-feira (19), à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, a convocação do chanceler Carlos França. Entre os questionamentos, um deles é a imposição de sigilo sobre telegramas e documentos.
São apresentados como argumentos para a convocação do chanceler a ida de Carlos Bolsonaro à Rússia e à Hungria, o fato de o presidente ter ido a Moscou às vésperas da operação da Rússia na Ucrânia, e o alinhamento de Jair Bolsonaro com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
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