Autoridades financeiras de diversos países participarão nos próximos dias das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20, em Washington.
Em pauta estarão os riscos e as incertezas que a economia global enfrenta. Porém, segundo o Global Times, "os EUA parecem ter uma agenda completamente diferente em mente".
A publicação denuncia uma agenda "que vai contra os objetivos imperativos das reuniões e os interesses fundamentais da comunidade global".
"A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, pretende pedir a seus colegas que aumentem a pressão econômica sobre a Rússia. Além disso, Yellen planeja pular algumas sessões da reunião de finanças do G20 em protesto contra Moscou", diz a publicação.
Presidente Joe Biden (ao fundo) ouve Janet Yellen discursando no teatro The Queen em 1º de dezembro de 2020, em Wilmington, EUA.
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Para a mídia chinesa, "os EUA estão tentando sequestrar as reuniões multilaterais para impulsionar sua própria agenda geopolítica contra a Rússia".
O jornal diz que a retórica norte-americana não é incomum, e insta os mecanismos de cooperação multilateral a não se tornarem ferramentas "geopolíticas para os EUA e seus aliados isolarem outros países e exercerem seu hegemonismo".
"Os EUA e seus aliados não têm o direito de colocar sua própria agenda acima da comunidade internacional e de minar a cooperação global para enfrentar a enorme pressão sobre a economia", critica a publicação.
Para os chineses, é responsabilidade dos mecanismos multilaterais de cooperação econômica, como o Banco Mundial, o FMI e o G20, intensificar e oferecer ajuda às economias emergentes, "ao invés de dançarem ao som dos EUA".
"É essencial que todas as partes rejeitem a tentativa dos EUA de trazer sua geopolítica tóxica para as reuniões desta semana", conclui o Global Times.