Panorama internacional

Mídia chinesa denuncia estratégia dos EUA para 'sequestrar reuniões multilaterais'

Editorial do Global Times, mídia estatal da China, denuncia que os EUA buscarão "sequestrar" as reuniões das organizações multilaterais marcadas para as próximas semanas.
Sputnik
Autoridades financeiras de diversos países participarão nos próximos dias das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20, em Washington.
Em pauta estarão os riscos e as incertezas que a economia global enfrenta. Porém, segundo o Global Times, "os EUA parecem ter uma agenda completamente diferente em mente".
A publicação denuncia uma agenda "que vai contra os objetivos imperativos das reuniões e os interesses fundamentais da comunidade global".
"A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, pretende pedir a seus colegas que aumentem a pressão econômica sobre a Rússia. Além disso, Yellen planeja pular algumas sessões da reunião de finanças do G20 em protesto contra Moscou", diz a publicação.
Presidente Joe Biden (ao fundo) ouve Janet Yellen discursando no teatro The Queen em 1º de dezembro de 2020, em Wilmington, EUA.
Para a mídia chinesa, "os EUA estão tentando sequestrar as reuniões multilaterais para impulsionar sua própria agenda geopolítica contra a Rússia".
O jornal diz que a retórica norte-americana não é incomum, e insta os mecanismos de cooperação multilateral a não se tornarem ferramentas "geopolíticas para os EUA e seus aliados isolarem outros países e exercerem seu hegemonismo".

"Os EUA e seus aliados não têm o direito de colocar sua própria agenda acima da comunidade internacional e de minar a cooperação global para enfrentar a enorme pressão sobre a economia", critica a publicação.

Para os chineses, é responsabilidade dos mecanismos multilaterais de cooperação econômica, como o Banco Mundial, o FMI e o G20, intensificar e oferecer ajuda às economias emergentes, "ao invés de dançarem ao som dos EUA".
"É essencial que todas as partes rejeitem a tentativa dos EUA de trazer sua geopolítica tóxica para as reuniões desta semana", conclui o Global Times.
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