Panorama internacional

No G20, ministro das Finanças russo alerta sobre riscos globais gerados pelas sanções contra Rússia

Autoridade russa afirma em reunião do G20 que quem sofrerá mais com as sanções contra Moscou serão os "países em desenvolvimento e de baixa renda". Siluanov também pediu aos colegas do grupo que evitem "politizar o diálogo", uma vez que a organização tem fins "econômicos".
Sputnik
Nesta quarta-feira (20), em reunião com chefes de Bancos Centrais e seus homólogos dos países do G20 em Washington, EUA, o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, alertou para os novos riscos que a economia mundial pode sofrer decorrentes das sanções impostas à Rússia.

"A situação da economia mundial piorou consideravelmente. A política fiscal e monetária muito fácil, implementada nos últimos anos nos países desenvolvidos, já criou pressão inflacionária no ano passado, e as restrições de sanções impostas contra a Rússia não apenas a fortaleceram ainda mais, mas também criaram novos riscos para economia", disse Siluanov.

Ainda de acordo com o chefe das Finanças, "o aumento dos preços da energia e dos produtos agrícolas afetará principalmente os países em desenvolvimento e de baixa renda, alguns dos quais ameaçados não apenas por problemas econômicos, mas também por graves consequências sociais".

"Outra parte da crise atual consiste na erosão da confiança no sistema monetário e financeiro internacional existente. A segurança das reservas internacionais e a livre condução das transações comerciais e financeiras não são mais garantidas. O acesso de qualquer economia aos recursos das instituições financeiras internacionais passou a depender da fidelização de seus maiores acionistas", ressaltou.

Em comunicado, a pasta das Finanças também afirma que o ministro pediu a seus colegas e chefes de bancos que evitem politizar o diálogo, enfatizando que o G20 "sempre foi e continua sendo, antes de tudo, um espaço econômico".
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Siluanov também apontou que a pandemia permanece como um importante desafio para a economia mundial, o que aponta para "a importância de reforçar a coordenação do G20 não só no campo financeiro, mas também no setor da saúde".
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