De acordo com especialistas norte-americanos da Universidade de Stanford, estes bolsões são sistemas dinâmicos e sua presença debaixo da superfície gelada aponta para condições favoráveis à vida.
Além disso, os pesquisadores ressaltam que estes bolsões subterrâneos de água podem ser comuns no satélite Europa, uma das 79 luas de Júpiter, o que confere ao satélite condições consideradas promissoras para a existência de vida.
"Por estar mais perto da superfície, onde existem produtos químicos interessantes do espaço, de outras luas e vulcões de Io, há a possibilidade de que a vida tenha uma chance se houver bolsões de água sob a camada exterior", afirmou o professor associado de geofísica da Universidade de Stanford, Dustin Schroeder.
As características encontradas na lua Europa são muito semelhantes às existentes na superfície das camadas de gelo da Groenlândia.
Na lua Europa, as formações aparecem como cortes na superfície, com cristas chegando a quase 300 metros, separadas por vales de aproximadamente 800 metros de largura.
O satélite Europa possui um diâmetro equatorial de 3.121 quilômetros, possuindo por baixo de sua camada exterior pálida e gelada um oceano de água salgada. Apesar de estar distante do Sol, ele também pode ser aquecido internamente pelo estresse gravitacional.