Funcionário dos EUA: programa dos F-35 segue com problemas sérios e têm programas atrasados há anos

O presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA relatou diversos atrasos na implementação de várias funções-chave do caça de quinta geração do país.
Sputnik
O programa do caça de quinta geração F-35 norte-americano segue tendo vários problemas não resolvidos e está anos atrasado relativamente ao planejado, afirmou na quarta-feira (27) Donald Norcross, presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara (HASC, na sigla em inglês) dos EUA.
"O Desenvolvimento e Planejamento do Sistema foi completado anos mais tarde que o planejado, e o programa ainda não terminou as atividades de Teste e Avaliação Operacionais Iniciais, que agora deverão estar atrasadas em perto de cinco anos", comentou Norcross, citando que todos os serviços estão declarando o status de capacidade operacional inicial muitos anos mais tarde que o planejado.
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Entre eles, disse, está o programa TR-3, que promete oferecer um novo processador central, melhoramento do radar e tela de cabine. Ele já ultrapassou seu custo estimado em perto de US$ 550 milhões (R$ 2,73 bilhões). O Block 4, que dá mais poder de computação, processamento e memória, também tem problemas, disse o presidente do HASC.
"Temos um sistema de propulsão do F-35 existente que não foi desenhado para atender às especificações de gestão de potência e térmica necessárias para suportar adequadamente as capacidades do Block 4, o motor também não está atendendo à capacidade de missão, custo e métricas empresariais de manutenção que os serviços podem pagar e precisam no longo prazo", segundo ele, acrescentando que isso também está acontecendo com o sistema de manutenção ODIN, que já não estará pronto em dezembro de 2022.
Além disso, Donald Norcross referiu o plano da Força Aérea dos EUA de retirar do serviço ativo 646 aviões nos próximos cinco anos, o que criaria uma lacuna de 400 aeronaves em termos de capacidade, tendo em conta que apenas deverão ser compradas 246 no mesmo período.
Como exemplo, mencionou a retirada de todos os aviões de ataque A-10 até 2028, que têm estado em serviço desde 1977. O mesmo acontece com metade da frota de F-15E e muitas aeronaves F-22, estas devido ao atraso de anos do programa de Superioridade Aérea de Próxima Geração (NGAD, na sigla em inglês).
Enquanto isso, a compra dos F-35 foi cortada em metade e a dos novos F-15EX também em quase metade, assinalou o funcionário.
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