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Ilhas Salomão rebatem Austrália sobre acordo com China: AUKUS não foi transparente

O primeiro-ministro das Ilhas Salomão acusou a Austrália de hipocrisia nesta sexta-feira (29), dizendo que Camberra deveria ter sido mais transparente com outras nações do Pacífico ao assinar o pacto AUKUS antes de criticar o novo acordo de segurança Honiara-Pequim.
Sputnik
Na semana passada, a China e as Ilhas Salomão assinaram um acordo-quadro sobre cooperação em segurança. O primeiro-ministro australiano Scott Morrison disse que a construção de uma base militar chinesa nas Ilhas Salomão será uma "linha vermelha" para Camberra e Washington.

"Seria de esperar que, como membro da família do Pacífico, as Ilhas Salomão e os membros do Pacífico fossem consultados para garantir que este tratado AUKUS seja transparente, pois vai afetar a família do Pacífico ao permitir submarinos nucleares nas águas do Pacífico", disse Manasseh Sogavare ao parlamento, conforme contou a emissora australiana ABC News.

Sogavare disse que soube do pacto de segurança da Austrália com o Reino Unido e os Estados Unidos pela mídia.
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"Oh, mas senhor presidente, eu sei que a Austrália é um país soberano que pode entrar em qualquer tratado que queira, de forma transparente ou não. O que é exatamente o que eles fizeram com AUKUS", disse Sogavare ironicamente sobre o tom de Morrison.

Ele também criticou as "lacunas" em um tratado bilateral de segurança Honiara-Camberra de 2017. Ele disse que quando a Austrália enviou tropas para as Ilhas Salomão a seu pedido, para apaziguar tumultos no ano passado, eles se recusaram a proteger a infraestrutura e os investimentos chineses. Sogavare disse que a recusa do governo australiano em admitir isso foi "decepcionante".
A Austrália, os EUA e o Reino Unido anunciaram uma nova parceria trilateral de defesa em setembro passado. A Austrália a priorizou sobre um contrato de US$ 66 bilhões (cerca de R$ 326 bilhões) com a França para 12 submarinos militares de propulsão convencional, pois os parceiros da AUKUS prometeram tecnologia para desenvolver seus próprios submarinos de propulsão nuclear.
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