Panorama internacional

Novatek diz que protegerá seus interesses na Polônia após imposições do governo

A Novatek pretende proteger seus interesses na Polônia e está pronta para retomar sua entrega de gás aos consumidores, que não devem sofrer com ações das autoridades polonesas, afirmou o porta-voz da empresa russa nesta sexta-feira (29).
Sputnik
No início desta semana, a Polônia impôs sanções a 50 indivíduos e entidades russas, incluindo a Novatek. Com isso, dezenas de distritos do país ficaram sem gás liquefeito, fornecido pela Novatek Green Energy.
Agora o governo polonês está obrigando a subsidiária da Novatek a transferir sua própria infraestrutura de transporte de gás para empresas locais.

"Vamos proteger os nossos interesses no quadro da legislação em vigor", afirmou o porta-voz.

As autoridades polonesas argumentam que a Novatek Green Energy, de acordo com uma lei sobre gestão de crises, é obrigada a transferir suas redes para empresas estatais do país, que a substituiriam no fornecimento de gás a áreas anteriormente contempladas pelos serviços da companhia.
Em resposta, o porta-voz afirmou que "nossa divisão na Polônia está pronta para retomar o fornecimento o mais rápido possível".
"Na situação atual, os consumidores finais não devem sofrer", disse ele.
Placa com a inscrição "Uwaga gaz!" ("Atenção! Gás") em ponto de transmissão de gás em Rembelszczyzna, perto de Varsóvia, em 27 de abril de 2022.

Polônia pede 'consequências' sobre países que pagarem gás em rublos

Polônia e Bulgária tiveram o fornecimento de gás cortado pela também russa Gazprom após se recusarem a pagar o combustível em rublos.
Além de rejeitar o meio de pagamento, Varsóvia afirmou, na quinta-feira (28), que a União Europeia (UE) deveria penalizar as nações que aceitassem as novas condições de Moscou, segundo noticiou a Reuters.

"Hoje o que está faltando são sanções totais sobre o gás, que resolveriam o problema com a Gazprom. Esperamos essas sanções", disse Anna Moskwa, ministra do Clima e do Meio Ambiente da Polônia, citada pela mídia.

Segundo a ministra, o governo polonês defende que os países que pagarem o combustível em rublos sofram consequências para que recuem da decisão.
Moskwa não entrou em detalhes sobre as eventuais consequências, mas apontou que os principais países-membros da UE que resistem a sanções mais duras contra a Rússia são "Áustria, Alemanha e Hungria".
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