"No fundo, [as sanções] estão, no caso da América do Sul, bloqueando quase todos os países por conta não só do preço do petróleo, mas da proibição dos fertilizantes", ressaltou o petista no dia 5 de abril, em evento com Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, conforme noticiou a revista Carta Capital.
"Quando se fala em sanções econômicas, cada país coloca na mesa o que topa desde que isso [área ou item de interesse] fique de fora. Alemanha não aceita falar em sanções econômicas do gás, como muitos países da Europa. Os Estados Unidos também têm áreas que não aceitam discutir sanções", declarou Bolsonaro, ao dizer que "a questão dos fertilizantes é sagrada" para o Brasil, segundo informou o site Metrópoles.
"Levar isso ao âmbito da Assembleia Geral já é uma forma de tentar fazer alguma pressão para que seja uma votação democrática", disse a especialista.
"Independentemente do governo, o Itamaraty tem se posicionado há anos contra sanções a países emergentes. Acredito que agora o Brasil também poderia se projetar no cenário internacional para fazer coalizões para impedir essas sanções seletivas, que prejudicam especialmente o 'sul global'", ressaltou.
Mecanismos para o Brasil liderar movimento
"O Itamaraty poderia centrar-se, especialmente, como ator intermediador de uma agenda voltada para o fim imediato do conflito, em negociações de paz e para o fim das sanções econômicas com a retomada gradual da economia russa aos fluxos globais de comércio e finanças", frisou.