O enxame de sismos, que começou em agosto de 2020 e abrandou em novembro do mesmo ano, é a atividade sísmica mais forte já registrada na região.
Os tremores foram provavelmente causados por uma extensão saliente de magma quente que empurrava na crosta, aponta nova pesquisa.
A série de terremotos ocorreu no monte submarino Orca, que é um vulcão subaquático localizado perto da ilha Rei George, na Antártica, no estreito de Bransfield, que tinha permanecido inativo durante "muito tempo".
Pesquisadores utilizaram sismômetros e técnicas de sensoriamento remoto para determinar quanto tempo os terremotos duraram e o que os causou.
Sequência recorde de terremotos atinge a Antártica com o despertar de vulcão adormecido. Um vulcão subaquático adormecido há muito tempo perto da Antártica acordou, desencadeando uma série de 85.000 terremotos.
Os terremotos ocorrem principalmente em regiões vulcânicas ativas, portanto o movimento do magma na crosta terrestre é considerado a causa.
Durante esta sequência de sismos, o solo da ilha Rei George se moveu 11 centímetros, sugerindo que uma parte saliente de magma quase atingiu a superfície.
"Houve ocorrências semelhantes em outros lugares da Terra, mas esta é a primeira vez que a observamos lá", disse a coautora do estudo Simone Cesca, sismóloga do Centro de Pesquisa Geológica (GFZ) em Potsdam na Alemanha. "Normalmente, esses processos ocorrem em escalas de tempo geológico", em vez de serem durante o decurso de uma vida humana. "Então, de certa forma, temos sorte em assistir a isto", acrescentou cientista, escreve portal Live Science.
Pesquisadores dizem que a série de sismos foi causada por uma rápida transferência de magma do manto da Terra perto do limite entre crosta e manto para quase até a superfície.