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Pacheco se reúne com Fux e reforça críticas a bolsonaristas: 'Anomalias graves'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que "anomalias graves", como pedidos de intervenção militar e fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), precisam ser rebatidas "a cada instante".
Sputnik
A declaração foi dada nesta terça-feira (3), após reunião com o presidente do Supremo, Luiz Fux. O encontro se deu em meio a tensões entre o governo federal e o Poder Judiciário.
Pacheco já havia classificado os atos pró-Bolsonaro que defenderam intervenção militar e fechamento do Supremo, no último domingo (1º), de "anomalias graves" e "manifestações ilegítimas e antidemocráticas", como publicou a Agência Senado.
De acordo com o colunista do G1 Valdo Cruz, Fux decidiu buscar o apoio necessário no Senado para tentar "esfriar" e contornar a crise.

"O que nós não podemos é permitir que o acirramento eleitoral, que é natural do processo eleitoral e das eleições, possa descambar para aquilo que eu reputei como anomalias graves e se permitir falar sobre intervenção militar, sobre atos institucionais, sobre frustração de eleições, sobre fechamento do Supremo Tribunal Federal, essas são anomalias graves que precisam ser contidas, rebatidas com a mesma proporção a cada instante porque todos nós, todas as instituições têm obrigações com a democracia, com o Estado de direito, com a Constituição", declarou Pacheco, conforme noticiou o G1.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa da cerimônia do Dia do Exército, com a Imposição da Ordem do Mérito Militar e da Medalha Exército Brasileiro, em Brasília, 19 de abril de 2022.
Em nota após a reunião, o STF informou que Fux e Pacheco conversaram sobre "o compromisso de ambos para a harmonia entre os poderes, com o devido respeito às regras constitucionais".

"As instituições seguirão atuando em prol da inegociável democracia e da higidez do processo eleitoral", diz a nota do STF.

Em 21 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu perdão de pena ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), um dia após sua condenação pelo STF. Já na semana passada, o mandatário defendeu uma apuração paralela à do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições deste ano, escalando a crise entre os poderes.
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