Um projeto de proposta de resolução de dez páginas apresentado no Parlamento de Estrasburgo, na França, disse estar preocupado com o "severo impacto que o conflito [na Ucrânia] está tendo no setor de aviação quando se trata de custos operacionais, tornando tanto mercadorias quanto passageiros mais caros".
"As extensões máximas de rota necessárias para que as aeronaves evitem o espaço aéreo russo e belarusso variam entre três e quatro horas em cada sentido, levando a problemas de reabastecimento [paradas extras, portanto, custos extras] e mais horas de trabalho da tripulação do que as previstas na regulamentação da UE", diz o texto.
A União Europeia proibiu as transportadoras aéreas russas de voarem em seu espaço aéreo em fevereiro, levando a Rússia a retaliar. O Parlamento disse que a combinação de sanções e proibições aéreas forçou as companhias aéreas do bloco europeu a suspenderem ou redirecionarem seus voos, tornando-os mais longos e mais caros.
O fechamento mútuo do espaço aéreo e os limites aos sobrevoos na Ucrânia reduziram o tráfego aéreo de passageiros da UE em 9%.
Moscou e Minsk também respondem por grande parte da produção global de titânio, metal-chave na fabricação de aeronaves, que ameaça a oferta no curto prazo.
O Ministério dos Transportes da Rússia alertou as companhias aéreas russas contra voos internacionais, dizendo que sua frota aérea poderia ser apreendida. Estima-se que 1.140 aviões alugados de empresas estrangeiras foram registrados novamente na Rússia em 25 de abril.