"Rússia tem desenvolvido uma infraestrutura significativa, que foi dilapidada após a Guerra Fria. Eles [russos] investiram nela de novo, e nós precisamos fazer o mesmo", disse o general Glen VanHerck, que é chefe do Comando do Norte das Forças Armadas dos EUA (NORTHCOM) e comandante da Força Aérea norte-americana, na quinta-feira (5).
O general dos EUA observou que tem trabalhado com o Canadá no processo orçamentário para tentar fornecer aos aliados alguma infraestrutura adicional no Ártico.
O almirante Charles Richard, que chefia o Comando Estratégico dos EUA e é comandante da Marinha norte-americana, disse na coletiva que o fortalecimento da Rússia no Ártico e a Rota da Seda Polar de Pequim, que declara a China um país próximo do Ártico, são exemplos dos desafios estratégicos que os Estados Unidos têm de enfrentar na região.
Washington está muito atrás de Moscou em relação à quantidade de quebra-gelos, tendo apenas dois. Em comparação, a Rússia possui mais de 55 embarcações deste tipo. Mesmo assim, VanHerck observou que quando as forças dos Estados Unidos e de seus aliados são combinadas no Ártico, não acabam ficando muito em desvantagem.
Ele notou que a Guarda Costeira norte-americana tem financiamento para seis novos quebra-gelos que serão colocados em serviço nos próximos anos, mas atualmente não há financiamento para infraestrutura adicional dos EUA no Ártico.
Além disso, o general norte-americano ponderou precisar de forças dos EUA que sejam dedicadas a uma missão no Ártico, para que estejam disponíveis no dia a dia ou, pelo menos, episodicamente para operar no exaustivo ambiente ártico.