Panorama internacional

Chefe da CIA diz que posição da Rússia não impedirá expansão da OTAN

Chefe da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês), William Burns disse neste sábado (7) que posição da Rússia não deve impedir expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Sputnik
Durante um painel de discussão organizado pelo Financial Times, o diretor da CIA disse que os EUA e seus aliados devem levar a sério as alegações russas contra a expansão da OTAN, mas elas não são um impedimento para a Finlândia e a Suécia ingressarem na aliança.
"Devemos levar a sério as questões que [o presidente Vladimir Putin] levanta, mas nada disso será um impedimento caso Finlândia e Suécia decidam ingressar na OTAN, e a aliança decidir se expandir", disse Burns.
O chefe da CIA salientou que, em última análise, qualquer decisão sobre a possível entrada desses países na aliança militar permanece com Helsinque e Estocolmo, assim como os países da aliança.
Finlândia e a Suécia manifestaram interessa na possibilidade de abandonar sua neutralidade de longo prazo e ingressar na OTAN, tendo como pano de fundo a operação militar russa na Ucrânia.
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A aliança espera que esses países tomem tenham decisões sobre um possível adesão nos próximos "meses ou semanas".
A Rússia observou, nos últimos anos, que a OTAN visa o confronto. Porta-voz presidencial do Kremlin, Dmitry Peskov afirmou recentemente que uma maior expansão da aliança não trará maior segurança à Europa, e denunciou que a organização militar tem caráter agressivo.
Ao mesmo tempo, ele observou que não considerava a possível entrada da Suécia e da Finlândia na OTAN uma ameaça existencial à Rússia.
Em 24 de fevereiro a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia após as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk terem solicitado ajuda para defendê-las da intensificação dos ataques das tropas ucranianas.
A Rússia disse que o objetivo de sua operação especial é desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia para prevenir genocídio da população russófona de Donbass, e que somente a infraestrutura militar está sendo atacada.
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