Durante um painel de discussão organizado pelo Financial Times, o diretor da CIA disse que os EUA e seus aliados devem levar a sério as alegações russas contra a expansão da OTAN, mas elas não são um impedimento para a Finlândia e a Suécia ingressarem na aliança.
"Devemos levar a sério as questões que [o presidente Vladimir Putin] levanta, mas nada disso será um impedimento caso Finlândia e Suécia decidam ingressar na OTAN, e a aliança decidir se expandir", disse Burns.
O chefe da CIA salientou que, em última análise, qualquer decisão sobre a possível entrada desses países na aliança militar permanece com Helsinque e Estocolmo, assim como os países da aliança.
Finlândia e a Suécia manifestaram interessa na possibilidade de abandonar sua neutralidade de longo prazo e ingressar na OTAN, tendo como pano de fundo a operação militar russa na Ucrânia.
A aliança espera que esses países tomem tenham decisões sobre um possível adesão nos próximos "meses ou semanas".
A Rússia observou, nos últimos anos, que a OTAN visa o confronto. Porta-voz presidencial do Kremlin, Dmitry Peskov afirmou recentemente que uma maior expansão da aliança não trará maior segurança à Europa, e denunciou que a organização militar tem caráter agressivo.
Ao mesmo tempo, ele observou que não considerava a possível entrada da Suécia e da Finlândia na OTAN uma ameaça existencial à Rússia.
Em 24 de fevereiro a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia após as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk terem solicitado ajuda para defendê-las da intensificação dos ataques das tropas ucranianas.
A Rússia disse que o objetivo de sua operação especial é desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia para prevenir genocídio da população russófona de Donbass, e que somente a infraestrutura militar está sendo atacada.