"Argumenta-se que os Estados Unidos não podem ignorar a China ao lidar com a Rússia, e que deveriam considerar a Eurásia como um 'campo de batalha eurasiático' e tentarem ganhar tanto a guerra europeia como a da Ásia-Pacífico", afirmou o vice-ministro durante um fórum internacional em formato de videoconferência em Pequim.
Na opinião dele, tal argumento é "perigoso": "Não só não aprenderam as lições da devastação pela guerra na Europa, como tentam abrir um 'segundo campo de batalha' e estender a guerra à Ásia-Pacífico".
Do ponto de vista de Pequim, Washington ultimamente "tem estado 'mostrando seus músculos' às portas da China, reunindo círculos antichineses e, inclusive, criando polêmicas sobre a questão de Taiwan e pondo à prova as linhas vermelhas", criticou Le Yucheng.
Além disso, o alto diplomata ressaltou que a nova estratégia dos EUA para o Indo-Pacífico "ameaça reconfigurar o entorno estratégico da China caso não consiga alterar o sistema chinês".
"Se isso acontecer, as consequências serão inimagináveis e vão acabar por empurrar a região da Ásia-Pacífico para o fogo", constatou ele.
"Os planos para reproduzir a crise da Ucrânia na região da Ásia-Pacífico não terão êxito", concluiu.