Os EUA estão fornecendo inteligência à Ucrânia para que Kiev tenha sucesso em suas operações de combate contra a Rússia, confirmou no domingo (8) Linda Thomas-Greenfield, representante permanente dos EUA na ONU.
"Nós lhes fornecemos inteligência para que possam se defender contra a agressão russa, e também ajudá-los a reforçar sua posição na mesa de negociações contra os russos. Como eles usam essa inteligência é com eles. Mas nós queremos garantir que eles tenham o equipamento e as informações, as ferramentas necessárias para combater esta guerra de forma a ajudá-los a defender sua soberania", disse Thomas-Greenfield em entrevista à emissora CNN.
Ela declarou que os EUA têm sido coerentes desde o início ao dizer que apoiarão a Ucrânia, que "lhes darão [algo] com que travar esta guerra".
"Então continuaremos fornecendo o apoio de que eles necessitam. Nós fornecemos a inteligência, mas eles tomam as decisões sobre o que eles mirarão e como mirarão, e, mais uma vez, acho que a Rússia sentiu as consequências de nosso apoio aos ucranianos", acrescentou ela.
Na quarta-feira (4) e na quinta-feira (5) o jornal New York Times escreveu que Washington compartilha inteligência com Kiev para localizar e eliminar generais russos, e que ela já ajudou as forças ucranianas a rastrear e atacar o cruzador Moskva.
Moscou lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro. Vladimir Putin, presidente russo, declarou como objetivos a "desmilitarização e desnazificação a Ucrânia", para proteger a população russófona de Donbass do "genocídio" de uma ofensiva renovada das forças de Kiev na época, e para evitar a criação de um posto avançado da OTAN contra a Rússia.
O Ministério da Defesa russo sublinhou que as Forças Armadas da Rússia estão atacando apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas, e que em 25 de março cumpriram o principal objetivo da primeira etapa, de reduzir significativamente o potencial bélico da Ucrânia. A libertação de Donbass foi referida pelos militares russos como o objetivo principal.