A data escolhida por Zelensky para receber o primeiro-ministro alemão é exatamente o dia da celebração anual do triunfo da Rússia sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio, na comemoração conhecida como o Dia da Vitória.
Em 2022, o país celebra o 77º aniversário da vitória da também chamada Grande Guerra pela Pátria, em meio à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, que visa sua desnazificação e desmilitarização.
"Lamento que Zelensky não pare de provocar [...] Eu também gostaria de ver tons um pouco mais sutis da Ucrânia", disse Schwarzer, ao fazer a crítica, durante uma apresentação em Munique.
O chanceler alemão Olaf Scholz fala durante uma entrevista coletiva após uma cúpula da UE em Bruxelas, em 25 de março de 2022
© AP Photo / Geert Vanden Wijngaert
Ela ressaltou, porém, que, apesar de condenar aspectos da política de Kiev, ainda apoia a Ucrânia e seu povo.
O documento, que fala em impedir uma terceira guerra mundial, teve apoio do escritor Martin Walser, do cineasta Gerhard Polt, do escritor e ex-juiz Juli Zeh e de membros da comunidade acadêmica alemã.
Segundo Schwarzer, a carta abriu um debate positivo em seu país sobre os prós e contras de armar os militares ucranianos.
O Kremlin tem aconselhado os países ocidentais a não enviarem armas à Ucrânia, ressaltando que a medida apenas perpetua o conflito e atrasa o inevitável fim da operação militar, lançada em 24 de fevereiro.
Moscou já alertou que comboios com equipamentos militares que forem detectados adentrando o território ucraniano serão alvos das forças russas.