O objetivo é estrangular um total de US$ 2 bilhões (R$ 10,65 bilhões) em comércio, segundo um comunicado divulgado hoje (8).
"O Reino Unido está anunciando hoje (8) um novo pacote de sanções contra a Rússia e a Belarus visando um comércio de £ 1,7 bilhão [cerca de R$ 10,65 bilhões] em um movimento destinado a enfraquecer ainda mais a máquina do [presidente russo Vladimir] Putin", disse o governo britânico por meio da nota.
Dessa forma, o governo britânico eleva o valor total dos produtos sujeitos a sanções de importação e exportação à Rússia para mais de £ 4 bilhões (R$ 25 bilhões, aproximadamente) desde o início da operação militar na Ucrânia.
"As novas tarifas de importação cobrirão £ 1,4 bilhão [R$ 8,7 bilhões] em mercadorias – incluindo platina e paládio. As proibições planejadas de exportação pretendem atingir mais de £ 250 milhões [R$ 1,5 bilhão] em mercadorias nos setores da economia russa mais dependentes de produtos do Reino Unido. São matérias-primas fundamentais, como produtos químicos, plásticos, borracha e máquinas", prossegue o texto.
Isso representa cerca de 10% do total das exportações do Reino Unido para a Rússia em 2021.
O governo britânico especificou que a Rússia é um dos principais países produtores de platina e paládio e que suas importações relacionadas ao Reino Unido foram significativas.
As novas restrições fazem parte da terceira onda de sanções comerciais que o Reino Unido impôs contra a Rússia.
Excluindo ouro e energia, cerca de 96% das importações da Rússia para o Reino Unido e mais de 60% das exportações britânicas para a Rússia estão agora sob restrições, segundo o governo do Reino Unido.
A Rússia iniciou a operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Além disso, as Forças Armadas da Rússia têm acusado militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.
Em uma manobra de retaliação após o início da operação, nações ocidentais impuseram uma série de pesadas sanções contra o Kremlin.