Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, os EUA estão usando a Ucrânia ao enviar armas para a zona de conflito, cumprindo assim parte de sua agenda geopolítica, mas a narrativa adotada pela mídia ocidental é outra.
"Na realidade, é impossível ajudar as pessoas a formarem uma opinião objetiva e equilibrada sobre o conflito quando diversos jornalistas são demitidos de suas mídias por dizerem a verdade e até banidos de entrar em seus próprios países por conta do que observaram e reportaram [sobre o conflito ucraniano]", afirmou Lijian.
Para o porta-voz, o Ocidente não mantém seu compromisso com a verdade sobre os fatos e produz narrativas que podem conduzir o pensamento do público para uma ideia errônea do que acontece na Europa hoje. Desta maneira, nem mesmo a liberdade de imprensa tem sido respeitada.
"Sob a coerção de certos países, onde está o direito do povo à verdade e onde está a liberdade de imprensa?", perguntou ele de forma retórica aos jornalistas.
Não é a primeira vez que a China se posiciona contra a maneira como o Ocidente tem tratado à operação militar especial da Rússia, acusando os países aliados dos EUA de estarem promovendo uma "falsa propaganda" sobre o conflito.
Durante sua fala, o porta-voz disse ainda que a China está disposta a dar todo o suporte, tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia, para promover os diálogos de paz entre eles, ressaltando que Pequim se preocupa e apoia todos os esforços internacionais que fomentem tal diálogo.