Washington afirma que já impôs à Rússia sanções abrangentes que geralmente são reservadas para países que o Departamento de Estado norte-americano designa como patrocinadores do terrorismo.
Em uma coletiva de imprensa na última terça-feira (10), a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, estava respondendo a uma pergunta sobre a recente pressão dos senadores Lindsey Graham e Richard Blumenthal para designar a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo.
"Já estamos fazendo o que aconteceu com esses outros países. Portanto, extensas sanções financeiras, controles de exportação, também trabalhando diplomaticamente para limitar o investimento de outros países nos Estados párias – os outros quatro e, certamente, a Rússia", disse a porta-voz. "Então, já estamos tomando essas medidas."
Os EUA colocaram na lista negra a Síria, Irã, Cuba e Coreia do Norte. Os dois últimos acabaram sendo retirados da lista, mas readicionados durante o governo Trump. Iraque, Líbia, Sudão e Iêmen do Sul foram adicionados no passado e posteriormente removidos.
Washington proíbe a venda de armas e impõe restrições econômicas a países que considera como praticantes e ou apoiadores do terrorismo. O senador Graham argumentou que adicionar Moscou à lista enviaria uma forte mensagem de apoio à Ucrânia e seria mais um passo para "garantir que a Rússia de Putin seja marginalizada" no cenário internacional.
A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, descartou a medida proposta no mês passado como "idiota por natureza" e disse que a Rússia retaliaria.
Na terça-feira, o parlamento da Lituânia aprovou uma resolução acusando a Rússia de genocídio e terrorismo na Ucrânia. Zakharova criticou a decisão como "um passo extremista", acrescentando que não contribui para trazer a paz à Ucrânia.